Presente das nuvens brancas



Eu não me lembro desde quando
Mas preciso lhe confessar uma impressão
Sei lá... Acho que não lhe contei... É. Não lhe contei
Mas eu gostava de me sentar em frente a nossa casa
E olhar as nuvens brancas que ornamentam o céu

Eu indagava: quem seria capaz de pintar tão belo cenário?
Respostas não me vinham e só um motivo me livrava de frustração
Minha mãe veio de lá. É! Ela veio de lá. Veio me fazer companhia
Nuvens brancas... Bondosas... Desvendavam meus anseios
Dedicação concretizada com a mais perfeita presença

Minha mãe... Presente das nuvens brancas
Um presente que tenho e sinto por natureza
Um presente que pinto com as cores que mais gosto
Eu acho pouco essas cores. É! Eu acho poucas essas cores 
São poucas para pintar tudo que você é

Acertei ao confiar nas nuvens brancas
Jamais preciso lhe dar sugestões
Nuvem não manda ninguém sem sabedoria
Nuvem só manda quem sabe construir
Você, minha mãe, merece saber que é presente que pedi

Eu continuo contemplando o céu... As nuvens brancas
Eu penso: oxalá seja um presente perene... Eterno
Minha mãe... Fruto das nuvens brancas... Quero...
É... Eu quero... Quero mesmo... Quero ser como você
Coração pequeno mas suficiente para abrigar todos que amo

Nota da autora: Este texto resulta de um breve raciocínio do que minha mãe representa para este planeta. Tenha certeza de que a minha mãe Clari Brandt merece muito mais. No momento é o que eu faço junto com outras atitudes que prefiro manter na intimidade. Mas a minha mãe é a escolhida mesmo que eu venha a nascer um milhão de vezes. (Autora: Aline Brandt - Todos os direitos reservados/Lei dos Direitos Autorais N° 9610/98)



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